Essa é a pauta do momento. Eleições municipais. E volto a ela, mais uma vez e batendo na mesma tecla: a importância do voto das pessoas idosas na campanha política.
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O horário eleitoral, a propaganda, já começou no rádio e na TV, e levanto essa questão para vocês, caros leitores e leitoras: onde estão as pessoas idosas? Ah, ainda é cedo, certamente, mais à frente algum (a) candidato (a) vai falar sobre a existência das pessoas idosas em seu programa. Será?
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Tomara que falem. Precisam falar. Porque estamos vivendo num outro futuro de cidade e de país. Uma cidade e um país com mais pessoas idosas em seu ambiente social, muito mais. Os candidatos e as candidatas, tanto para o Executivo como para o Legislativo, devem incorporar em seus planos de governo quais ações, quais projetos e quais programas pretendem realizar para as pessoas idosas.
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Essa deve ser e será a grande novidade dessas eleições. Dirigir uma narrativa concreta para os 60+. Não adianta a sociedade, com seus diversos representantes, reconhecerem que estamos vivendo uma outra realidade demográfica com mais idosos do que pessoas mais jovens, é preciso ação.
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É preciso mudar também a postura da indiferença social e do desprezo político por quem tanto fez e pode e deve continuar fazendo pela cidade.
Viver mais já é um bom sinal, uma enorme conquista; mas, bom mesmo, é viver mais e melhor. O que isso significa?
Significa que a cidade deve garantir, o quanto antes, políticas públicas para as pessoas idosas em todas as áreas de suas necessidades humanas. E atendê-las em suas mais diferentes condições de saúde e de autonomia e independência de vida.
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Cuidar das pessoas idosas! Esse é o novo paradigma de atuação pública e política do século XXI. Estamos em pleno curso do desenvolvimento da década do envelhecimento saudável. Uma iniciativa mundial dos países alinhados com a Organização das Nações Unidas.
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Nosso país encontra-se em ritmo bem devagar no cumprimento de metas, objetivos e propósitos colocados nesse importante documento. Nossas cidades também. Não é por falta de recomendações legais, por falta de documentos jurídicos que as ações em prol de um envelhecimento ativo, saudável e sustentável não acontecem.
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É por falta de interesse mesmo, por falta de sensibilidade humana, por falta de visão social de futuro.Estamos envelhecendo rapidamente, saberemos como lidar? Essa é uma questão que merece a atenção dos nossos postulantes à cadeira de prefeito (a) e de vereador (a).
Penso que é fundamental na campanha política a pauta do envelhecimento da nossa população: o que eles e elas desejam fazer em ações e leis municipais para a população idosa da cidade?
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Para que haja efetivamente uma correspondência real com a presença cada vez mais de pessoas idosas em nossa cidade, torna-se imprescindível que o discurso político, que ora, está presente nos dias atuais, nesse período das eleições municipais, incorpore em seus programas de governo as demandas e as necessidades dos eleitores e eleitoras do grupo sexagenário e de mais idade.
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A pauta do envelhecimento na propaganda política, quando existe, é mostrada com uma imagem super para cima, em clichês, com sorrisos e gestos leves na prática de atividades sociais e físicas – todo mundo feliz, dançando -, quando, na realidade, temos vários tipos de velhices. Portanto, é fundamental ter uma visão mais abrangente e complexa sobre essa importante fase da nossa vida.
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Desafios Atuais
As pessoas idosas enfrentam inúmeros desafios em seu cotidiano, e muitos deles permanecem fora das prioridades políticas. Entre os principais obstáculos estão a precariedade no acesso a serviços de saúde, a falta de transporte público adequado e a escassez de políticas habitacionais que garantam segurança e conforto.
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Além disso, questões relacionadas à mobilidade e acessibilidade em espaços urbanos são muitas vezes negligenciadas. Em muitos casos, o idoso encontra dificuldades em ter uma vida ativa e socialmente integrada devido à falta de infraestrutura apropriada e serviços públicos ineficientes.
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Assim, candidatos e candidatas às eleições municipais precisam apresentar propostas que atendam a essas demandas e se comprometam com a execução de políticas que assegurem o bem-estar dos idosos.
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Diversidade de Experiências
Outro ponto crucial é entender que a população idosa não é homogênea. Há diferentes "velhices", que dependem de fatores como saúde, condição socioeconômica, histórico de vida e apoio familiar.
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O tratamento do envelhecimento nas campanhas eleitorais, muitas vezes, coloca todos os idosos sob o mesmo rótulo, ignorando essas particularidades. Há idosos que estão ativos no mercado de trabalho, outros que precisam de cuidados intensivos, e muitos que enfrentam a solidão e a exclusão social.
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Portanto, políticas públicas eficazes devem levar em conta essa diversidade, criando programas que atendam às diferentes necessidades, desde o incentivo à inclusão digital até serviços de saúde especializados para aqueles que demandam maior assistência.
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Impacto Econômico e Social
O envelhecimento da população também traz importantes implicações econômicas e sociais. Ao contrário do que se pode imaginar, os idosos podem desempenhar um papel central na economia, seja através do consumo, seja através da participação em atividades produtivas.
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É fundamental que as políticas públicas reconheçam esse potencial, promovendo a integração dos idosos ao mercado de trabalho ou incentivando o empreendedorismo na terceira idade.
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Além disso, o apoio a redes de cuidados e serviços voltados para essa faixa etária pode gerar empregos e movimentar a economia local. Assim, a criação de um ambiente favorável ao envelhecimento ativo não apenas melhora a qualidade de vida das pessoas idosas, mas também fortalece a economia e a coesão social.
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Educação Eleitoral
A educação eleitoral para as pessoas idosas é um tema de grande relevância. Muitas vezes, o grupo 60+ pode se sentir afastado do processo político, seja por dificuldades de acesso às tecnologias que hoje dominam as campanhas eleitorais, seja pela falta de uma linguagem acessível nas propostas apresentadas.
Campanhas educativas que informem os idosos sobre seus direitos e os orientem sobre como exercer um voto consciente são fundamentais para garantir sua participação efetiva.
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Além disso, a inclusão digital é um fator essencial para garantir que os eleitores idosos possam acompanhar debates, conhecer as propostas dos candidatos e exercer plenamente sua cidadania, inclusive de forma remota, quando necessário.
O envelhecimento da população brasileira não é uma tendência futura, mas uma realidade presente que demanda ação.
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As eleições municipais oferecem uma oportunidade crucial para que os candidatos se comprometam com políticas públicas voltadas para a população idosa, que sejam inclusivas, realistas e abrangentes.
Os desafios são muitos, desde a melhoria no acesso à saúde e serviços públicos até a valorização da diversidade de experiências dos idosos. É preciso que a pauta do envelhecimento seja tratada com seriedade, com propostas concretas e alinhadas às necessidades de uma sociedade em transformação.
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Incorporar a população idosa no debate eleitoral não é apenas uma questão de justiça social, mas também de garantir um futuro sustentável e inclusivo para todos.
Algumas Informações: Portal Tribuna de Minas
Direitos Autorais Imagem de Capa: Redes Sociais/ Divulgação
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