Após o crime, o suspeito tirou a própria vida.
Uma mulher de 48 anos foi assassinada nessa quinta-feira (28/11), na frente do filho, adolescente, em Alexânia, no Entorno do Distrito Federal. Após matar a mulher, o namorado dela tirou a própria vida.
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Um jovem de 17 anos foi quem pediu socorro aos vizinhos depois que a mãe foi esfaqueada no pescoço, e baleada duas vezes no tórax, dentro da casa da família, na Avenida 15 de Novembro, no Setor 13 de maio. Quando chegaram no local, policias militares encontraram Eliane da Silva Galvão gravemente ferida, mas ainda com vida.
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Socorrida, ela foi encaminhada para o Hospital Municipal de Alexânia, mas morreu no final da tarde. O autor dos disparos, identificado apenas pelo primeiro nome, Alcino, foi encontrado agonizando, em um dos quartos da casa.
Ele também foi socorrido, mas não restituiu. O revólver e a faca que ele usou para matar a namorada, e depois tirar a própria vida, foram apreendidos.
A morte de Eliane Galvão eleva para 55 o número de feminicídios registrados somente este ano, em Goiás.
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Dados sobre Feminicídios no Brasil
O Brasil tem enfrentado um aumento preocupante nos casos de feminicídio, um crime que atinge mulheres em razão de seu gênero e se caracteriza por uma motivação íntima, muitas vezes ligada a questões de posse e controle por parte do agressor.
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Em 2024, o número de feminicídios no país permanece alarmante, com mais de 1.300 casos registrados nos primeiros meses do ano, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
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Essa realidade é ainda mais grave nos estados do Centro-Oeste, como Goiás, onde o número de casos de feminicídios já chega a 55 apenas em 2024, uma estatística que destaca a urgência de políticas públicas eficazes e a conscientização sobre a violência contra as mulheres.
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Esses dados refletem uma tendência de crescimento em todo o país. O Mapa da Violência 2021 revelou que, a cada 7 horas, uma mulher é assassinada no Brasil, e a maioria das vítimas conhece o agressor, sendo o parceiro ou ex-companheiro o responsável por uma parcela significativa desses homicídios.
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Medidas de Prevenção e Apoio à Mulher
Embora os números sejam alarmantes, o Brasil possui mecanismos legais e institucionais para combater a violência contra a mulher e apoiar as vítimas. A Lei Maria da Penha, criada em 2006, foi um marco importante na luta contra a violência doméstica e familiar.
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A lei visa garantir a proteção das mulheres e criar mecanismos para sua defesa, como a possibilidade de medidas protetivas de urgência, afastamento do agressor e prisão preventiva, além de prever a criação de juizados especializados.
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Entretanto, muitos desafios ainda persistem. A aplicação efetiva das leis, a educação sobre o tema e a conscientização da sociedade sobre as diferentes formas de violência doméstica são essenciais.
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Programas de prevenção à violência e apoio às vítimas, como as Casas da Mulher Brasileira, têm sido estabelecidos em algumas regiões, oferecendo atendimento psicológico, assistência jurídica e suporte a mulheres em situação de vulnerabilidade.
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Além disso, o disque 180, um número gratuito e confidencial de atendimento, é uma ferramenta essencial para denúncias. A conscientização sobre o uso desse serviço e sobre os direitos das mulheres continua a ser uma prioridade nas campanhas de sensibilização.
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Leia Mais:
Casos Semelhantes de Feminicídio no Brasil
Casos de feminicídio são frequentemente acompanhados por situações de violência doméstica ou abusos anteriores, como ocorreu no trágico assassinato de Eliane da Silva Galvão.
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Muitas vítimas já haviam sido alvos de agressões físicas e psicológicas antes do crime fatal, mas, por medo ou falta de apoio, não denunciaram os abusos. Esse ciclo de violência é comum em muitos casos de feminicídio no Brasil e merece uma análise mais profunda.
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Em 2023, o caso de Jéssica Pires, de 32 anos, em Goiás, gerou repercussão nacional. Ela foi morta pelo ex-companheiro, após meses de ameaças e agressões. Jéssica havia procurado ajuda em delegacias de polícia e solicitado medidas protetivas, mas infelizmente foi assassinada antes que essas medidas pudessem impedir o crime
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Esse caso ilustra a realidade de muitas mulheres que, apesar de procurarem auxílio, acabam sendo vítimas fatais de parceiros violentos, refletindo falhas no sistema de proteção.
Outro caso que chamou a atenção foi o de Marcia Figueiredo, de 40 anos, assassinada em São Paulo pelo ex-marido, que, após o crime, tirou a própria vida.
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Ela havia procurado proteção por diversas vezes, mas o agressor ainda conseguiu agredi-la fatalmente. Esse caso é semelhante ao de Eliane, que também foi vítima de um parceiro que, ao cometer o feminicídio, não suportou as consequências e acabou suicidando-se.
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Conclusão
O caso trágico de Eliane da Silva Galvão, mais um feminicídio registrado em Goiás, evidencia uma realidade cruel e persistente de violência de gênero no Brasil.
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Embora haja avanços significativos no combate ao feminicídio, como a implementação da Lei Maria da Penha e a criação de programas de apoio, os números ainda são alarmantes e refletem uma cultura de violência enraizada que precisa ser combatida em várias frentes.
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A verdadeira transformação só ocorrerá com a união de esforços do poder público, das organizações civis e da sociedade em geral para garantir que as vítimas tenham acesso a apoio e proteção adequados.
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A verdadeira transformação só ocorrerá com a união de esforços do poder público, das organizações civis e da sociedade em geral para garantir que as vítimas tenham acesso a apoio e proteção adequados.
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Além disso, a educação e a conscientização da população sobre as dinâmicas de abuso e controle emocional, muitas vezes silenciadas, são fundamentais para prevenir que mais mulheres se tornem vítimas.
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O Brasil precisa agir com mais eficácia na proteção das mulheres, em especial na implementação de políticas públicas que ajudem a quebrar o ciclo de violência.
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É crucial que cada cidadão e cada cidadã tenha a coragem de denunciar e de se engajar nesse combate diário, para que tragédias como a de Eliane, e tantas outras, não se repitam.
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Algumas Informações: Portal Mais Goiás
Direitos Autorais Imagem de Capa: Polícia Militar/ Divulgação
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