A polícia suspeita que ela tenha utilizado os órgãos para preparar uma sopa, que teria sido distribuída a outros moradores de rua na região.
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Josefa Lima de Sousa, de 65 anos, conhecida como "Gringa" ou "Cigana", confessou ter assassinado e consumido partes do corpo de Celso Marques Ferreira, de 60 anos, também em situação de rua, em Peruíbe, litoral de São Paulo.
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Josefa Lima de Sousa confessou ter matado Celso e comido órgãos dele em Peruíbe (SP) — Foto: Reprodução
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O crime ocorreu na madrugada da sexta-feira, 07 de março de 2025. O corpo de Celso foi encontrado com múltiplos ferimentos de arma branca, incluindo uma abertura no tórax e mutilação da região genital.
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Celso Marques Ferreira, de 60 anos. Foto: Reprodução
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Josefa confessou ter consumido o coração e o pênis da vítima. Além disso, há suspeitas de que ela tenha utilizado os órgãos para preparar uma sopa, que teria sido distribuída a outros moradores de rua na região.
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Testemunhas relataram ter sido alimentadas por ela na manhã do crime, levantando preocupações sobre a segurança alimentar na área.
Durante o depoimento, Josefa alegou que Celso merecia morrer, acusando-o de estuprar crianças, embora não tenha apresentado provas para sustentar essa afirmação.
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Josefa e seu companheiro, Robson Aparecido de Oliveira, de 41 anos, foram presos em flagrante e estão à disposição da Justiça. A Polícia Civil continua investigando o caso para esclarecer todos os detalhes e possíveis motivações do crime.
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Prisão
A investigação, conduzida pelo delegado Ricardo Wagner Zaitune e pelo chefe dos investigadores Anderson Lomenzo Buono terminou com a prisão em flagrante de Josefa e Robson pelo crime de homicídio qualificado pelo meio cruel.
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De acordo com a equipe policial, houve indícios suficientes de que Josefa participou do crime, pois além da confissão, foi apurado que ela tinha conflitos com a vítima.
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Robson Aparecido De Oliveira, de 41 anos, também foi preso suspeito de participar do crime em Peruíbe (SP)
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Apesar de não ter confessado a participação, a polícia considerou que Robson deveria ser preso porque teria ameaçado Celso recentemente e, segundo a investigação, Josefa não conseguiria praticar o assassinato sozinha.
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Os outros moradores em situação de rua foram qualificados como investigados pelo crime.
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Arma utilizada no crime. Foto: Reprodução
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Josefa “Gringa” deixou um recado escrito ao lado do corpo. Foto: Reprodução
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Canibalismo é crime no Brasil? Veja o que dizem especialistas sobre a prática investigada no litoral de SP
Segundo a advogada criminalista Priscila Modesto, o Código Penal Brasileiro não tipifica o canibalismo como crime, mas pode estar associado a outras tipificações criminais que envolvem o ato. O caso noticiado envolve homicídio, que tem previsão legal no Art. 121, por exemplo.
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“Envolve o assassinato de uma pessoa para consumo de sua carne. O responsável pode ser enquadrado no crime de homicídio qualificado, como motivo torpe ou meio cruel [cuja pena varia entre 12 e 30 anos de reclusão]”, afirmou a especialista.
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O também advogado criminalista Matheus Cury explicou que o responsável pelo ato de canibalismo ainda pode responder por ocultação ou destruição de cadáver, ambos previstos no Art. 211 do CPB.
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"Sob a minha ótica está mais para destruição de cadáver, mas vai depender das circunstâncias e da intenção da pessoa que praticou o crime", acrescentou ele.
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Ainda segundo Priscila, a Justiça pode ter esse entendimento caso a pessoa que cometeu o ato tome medidas como esconder, enterrar, descartar ou eliminar partes do corpo da vítima.
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Tanto a ocultação quanto a destruição de cadáver têm pena de um a três anos de reclusão e multa, mas como estão sempre acompanhadas do homicídio, e algumas vezes de qualificadoras, o tempo aumenta.
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“Caso haja outros envolvidos que ajudem na ocultação do corpo, essas pessoas também podem ser responsabilizadas. Se a ocultação ocorrer para dificultar a investigação do homicídio, pode ser considerada uma agravante”, completou a advogada.
Vídeo: Reprodução Redes Sociais
Algumas informações: Ric Mais / TV Tribuna
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