Por: Cerqueiras Notícias - Felipe

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Vídeo: Quando o vício no jogo do tigrinho destrói famílias: a luta para transformar dor em acolhimento

Após perder a irmã para o vício e dívidas milionárias, influenciadora cria grupos de apoio e alerta sobre os perigos das apostas digitais no Brasil.

A irmã da influenciadora digital Jéssica Lobo, chamada Ângela, enfrentava uma batalha silenciosa contra o vício no jogo do tigrinho. O que começou como uma busca por diversão ou uma distração acabou se transformando em um pesadelo sem fim.

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Ângela era mãe de três filhos e, como muitas pessoas, não imaginava que um vício pudesse tomar conta de sua vida de maneira tão avassaladora. O jogo do tigrinho, conhecido por suas apostas rápidas e promessas de ganhos fáceis, virou uma armadilha que a consumiu completamente.

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Com o tempo, as dívidas começaram a se acumular. No desespero, Ângela recorreu a empréstimos, alguns até feitos no nome de terceiros, numa tentativa de manter o vício e pagar contas pendentes. A vergonha e o medo da exposição a impediam de buscar ajuda.

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Quando a tragédia aconteceu, a família ainda não tinha noção da dimensão do problema. Foi só após o enterro que Jéssica, a irmã, descobriu a verdadeira extensão do desastre financeiro e emocional.

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Ao acessar o celular de Ângela, Jéssica encontrou mais de cinquenta páginas de mensagens e comprovantes de depósitos e empréstimos. As dívidas acumuladas ultrapassavam a casa dos 600 mil reais, um montante assustador para qualquer família.

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Para Jéssica, o choque foi ainda maior ao saber que Ângela vinha escondendo essa situação de todos, carregando sozinha o peso da culpa e do medo. O vício, como uma doença silenciosa, impedia qualquer pedido de socorro.

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A dor de Jéssica cresceu quando viu o sobrinho de apenas sete anos visitando o túmulo da mãe no cemitério. O menino levava bolachas e água, acreditando que sua mãe precisava se alimentar, pois não voltava para casa havia quinze dias.

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Essa imagem do garoto deitado sobre o túmulo da mãe, inocente e sem compreender a gravidade da situação, foi um marco para Jéssica. Ela entendeu que não havia espaço para julgamentos ou preconceitos.

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Para ela, a luta de Ângela não foi fraqueza, mas sim uma manifestação clara do vício — uma doença que precisa de tratamento, acolhimento e compreensão.

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Decidida a transformar a dor da perda em algo positivo, Jéssica criou uma rede de apoio para ajudar outras pessoas que enfrentam problemas semelhantes.

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Atualmente, ela coordena 21 grupos com quase 10 mil membros, todos compartilhando histórias de vergonha, dívidas, recaídas e o medo de buscar ajuda.

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Muitas dessas pessoas, assim como Ângela, vivem o sofrimento em silêncio, evitando revelar a gravidade da situação por medo do julgamento familiar e social.

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Jéssica faz um alerta importante para a sociedade: muitas vezes, o vício pode estar mais perto do que imaginamos — em um membro da família, um amigo ou vizinho — e ele se manifesta por meio do silêncio e da vergonha.

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Mundo das Utilidades

A influenciadora acompanhou de perto a CPI das Bets, no Congresso Nacional, que deveria discutir e regulamentar as apostas online, incluindo a publicidade das casas de apostas.

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No entanto, a expectativa de avanços na proteção às pessoas vulneráveis foi frustrada, já que parlamentares pareceram ignorar os relatos reais de quem sofre, limitando-se a ações superficiais, como selfies para as redes sociais.

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BibiCar

Para Jéssica, as apostas digitais representam uma pandemia silenciosa que tem crescido no Brasil, causando sofrimento familiar, dívidas e, em casos extremos, tragédias irreparáveis.

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Hoje, ela vive no Ceará, numa casa modesta, tendo deixado para trás sua empresa e parte da vida que construiu para se dedicar integralmente a acolher famílias que enfrentam o vício.

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Irmãos Gonçalves

Veja o vídeo:

Vídeo: Reprodução Redes Sociais

Seu trabalho tem um significado profundo: a cada pessoa acolhida, Jéssica sente que está salvando uma nova Ângela, interrompendo um ciclo de dor e desespero que pode levar a consequências irreversíveis.

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Irmãos Gonçalves

Transformar sua dor pessoal em um propósito de vida faz com que Jéssica encontre força para seguir em frente e, assim, honrar a memória da irmã que perdeu para o vício no jogo do tigrinho.

Algumas Informações: historiasdeterapia (Instagram)


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A Palavra Morde no Portal

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